Funcionários da Prefeitura de Guapó se surpreenderam ao chegar ao trabalho nesta sexta-feira (17/01). O motivo é que a Companhia Energética de Goiás (Celg) cortou a energia do prédio, pois o município deve mais de R$ 7 milhões à empresa. Alegando não ter condições de quitar a dívida, o prefeito Luiz Juvêncio de Oliveira (PMDB), convocou os próprios servidores para que religassem os fios. “Vamos ligar todos os locais que eles cortarem. Aqui quem manda é a prefeitura”, disse o político.
Com o corte da energia, no começo da manhã só trabalharam os funcionários que não precisavam do sistema computadorizado. O telefone e o fax da prefeitura também ficaram inoperantes. “Não tem o que fazer aqui, só aguardar”, conta a telefonista Eleusa Maria Ribeiro. Nem o Departamento de Fazenda Pública funcionou.
Moradores de Guapó também ficaram surpresos com a situação inusitada. "Meio estranho. Nunca aconteceu isso", diz o funcionário público Thiago Marques. Para o comerciante Sinval Dias, a Celg está no seu direito: "Se não pagou, tem que cortar né".
O prefeito explicou que as faturas de energia do imóvel, que também abriga a Câmara de Vereadores, não são pagas há doze anos. Desde que assumiu, em 2013, ele afirma que quita as faturas atuais.
No entanto, a dívida antiga continua, pois Luiz Juvêncio afirma que não tem dinheiro suficiente para pagar. “Eles [Celg] querem que eu parcele os R$ 7 milhões que não foram pagos nos anos anteriores dentro do meu mandato, que hoje é de 36 meses, o que corresponde ao valor de mais R$ 200 mil por mês. Eu recebo somente em cima do ICMS e o município só arrecada R$ 250 mil mensais de ICMS”, alega.
A Celg informou que o prefeito de Guapó não fechou a negociação e que, por isso, permanece na condição de inadimplente. A companhia afirma ainda que o corte de energia está sendo adotado em todos os municípios que estão em dívida.
Fonte: G1 Goiás